JUROS ALTOS LIMITAM GERAÇÃO DE EMPREGOS E CRESCIMENTO DA ECONOMIA

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Hoje o IBGE divulgou o PIB do terceiro trimestre de 2023, mostrando uma queda de 1,6% da indústria de transformação, no acumulado deste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado. O PIB em geral cresceu 3,2%, porém, principalmente devido ao crescimento de 18,1% da agropecuária e 7,9% das chamadas “industrias extrativas” (mineração), atividades que no Brasil, infelizmente, concentram renda,  geram pouco emprego e deixam imensurável dano ambiental.
Prova disso é que o segmento da “Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura” teve queda no número de postos de trabalho no trimestre de agosto-setembro-outubro de 2023, em comparação ao mesmo período de 2022. A industria também perdeu postos de trabalho. O resultado é o baixo crescimento do total de pessoas empregadas no período (em todos os setores), de apenas 0,5% (545 mil pessoas), resultado bastante influenciado pelo segmento de “conta própria” sem CNPJ, que gerou 503 mil “empregos”, porém, de baixa qualidade.

Apesar das notícias ressaltarem a queda da taxa de desemprego de 8,3% para 7,6% no período (sendo a menor para este trimestre desde 2014), tal queda decorre principalmente do aumento da população fora da força de trabalho (que não trabalha e não procurou emprego), que aumentou em 1,7 milhão (2,7%), número este bem maior que o aumento nos postos de trabalho. Estas pessoas não são consideradas no cálculo da taxa de desemprego. (Leia mais aqui)
Portanto, é urgente mudar a política econômica, que prioriza os interesses dos rentistas da dívida pública, mantendo juros altíssimos e cerca de metade do orçamento federal para o pagamento de juros e amortizações da dívida pública, sacrificando investimentos urgentes geradores de emprego e renda.

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