Juros só vão cair quando acabar a bolsa banqueiro!
Em evento realizado pelos jornais Valor Econômico e O Globo, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, aproveitou a quebra dos bancos americanos Silicon Valley Bank (SBV) e Signature Bank para voltar a criticar o nível de juros no Brasil. Haddad afirmou que em comparação ao resto do mundo, as instituições financeiras brasileiras “têm muita gordura para queimar”.
Ele avaliou que o sistema financeiro brasileiro é robusto do ponto de vista de governança e de regulação interna, cumprindo “com folga” os acordos internacionais de Basileia, na Suíça — referindo se ao BIS, o “banco central dos bancos centrais”. O ministro afirmou que se houver harmonia entre a política fiscal e monetária, será possível “ancorar e navegar em mares internacionais revoltos, porque a nossa condição garante isso”.
Por que os bancos emprestariam à sociedade a juros baixos se podem receber, sem esforço algum, os juros que o Banco Central lhes paga diariamente, sobre dinheiro que sequer pertence a eles? Pois essa sobra de caixa é composta pelo dinheiro da sociedade que está depositado ou aplicado em bancos.
O Banco Central tem funcionado como uma correia de transmissão de recursos públicos para o sistema financeiro, que bate recordes de lucros enquanto a economia patina, as empresas quebram, o povo fica desempregado e com salários baixos, e o Produto Interno Bruto (PIB) cai. Até o Nobel de economia Joseph Stiglitz já declarou que juros altos não servem para controlar o tipo de inflação que existe no Brasil. Só o presidente Banco Central insiste nessa tecla, deliberadamente levando o país à recessão, como disse que iria fazer!