Justiça Federal precisa agir com urgência contra a impunidade em Brumadinho!

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Quarta-feira, dia 25 de janeiro, completam-se quatro anos do rompimento da barragem da mineradora Vale, em Brumadinho, Minas Gerais. A tragédia que deixou 270 mortos, três pessoas desaparecidas e causou imenso dano ambiental a animais, florestas, rios e comunidades poderá ter diversos crimes ambientais prescritos caso o processo não seja acatado pela 2ª Vara Criminal Federal de Belo Horizonte (antiga 9ª Vara) até amanhã. Um completo absurdo!

Em dezembro de 2022, o STF – Supremo Tribunal Federal acatou recurso da defesa dos envolvidos decidindo que a Justiça Federal seria a responsável pela análise do caso, já que o rompimento afetou sítios arqueológicos, de responsabilidade da União. Nesta segunda-feira (23), o Ministério Público Federal apresentou uma denúncia de homicídio qualificado (por 270 vezes, o número de mortos) contra os 16 responsáveis pelo rompimento, incluindo o presidente da Vale, Fábio Schvartsman, diretores responsáveis da Vale e da empresa Tuv Sud, que atestou a segurança da barragem. Todos eles, incluindo a mineradora e a empresa também foram denunciadas por crimes ambientais contra fauna, flora e crime de poluição. (Veja mais em http://glo.bo/3H2Or5G)

Há anos a Auditoria Cidadã da Dívida vem abordando a questão da Dívida Ecológica, que visa alertar para a necessidade de mudarmos este modelo econômico que incentiva a acumulação de capital e bens materiais através da exploração indiscriminada e predatória dos nossos recursos naturais – e quase sempre sem a devida reparação dos danos e punição aos envolvidos. Brumadinho não pode ficar impune! Essa dívida tem que ser paga!

(Saiba mais sobre o conceito de Dívida Ecológica no vídeo 8 da Campanha é Hora de Virar o Jogo – https://auditoriacidada.org.br/conteudo/video-8-ehoradevirarojogo)