No Dia Nacional de Luta dos Servidores Públicos, mobilização cobra Governo por promessas de campanha

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Por que não tem orçamento para o serviço público? No Dia Nacional de Luta dos Servidores Públicos, mobilização cobra Governo por promessas de campanha.

 No último dia 03/10, Dia Nacional de Luta dos Servidores Públicos, uma mobilização reuniu dezenas de entidades em Brasília. A pergunta que ficou no ar não poderia ser mais oportuna: se o Brasil voltou a crescer, como o Governo se orgulha em dizer, cadê os recursos para os servidores e o serviço público?

Para os participantes do ato, não basta a promessa do governo de não destruir o serviço público, é preciso reestruturar as carreiras, é preciso garantir que as coisas funcionem de maneira adequada. Na mobilização, ficou claro que os servidores estão dispostos a fazer pressão o quanto for necessário para conquistar aquilo que é de seu interesse e ampliar a prestação do serviço público.

“Vamos à rua para defender o que acreditamos que seja justo”, disse o representante de uma das entidades presentes. “Se em outubro o governo não fizer o que deve, em novembro nós vamos para a greve”, completou outro participante.

Na sequência, um dos manifestantes lembrou que a Mesa Geral de Negociações foi instalada em 11 de julho, há quase 3 meses, e até agora não houve nenhuma proposta concreta. “É importante que o governo saiba que precisa valorizar, colocar as propostas na mesa, porque estamos cansados de tapinhas nas costas”, disse.

“Um ministério que valoriza a educação tem que pagar direito os seus servidores. Já tem 8 meses de governo e a carreira continua desvalorizada”, disse um representante da área, que participou em peso do ato. “O orçamento agora é do governo, porque não tem recursos para o servidores públicos?”, questionou.

A pergunta não poderia ser mais oportuna. A Auditoria Cidadã da Dívida, que apoia os atos, tem denunciado sistematicamente: o dinheiro que deveria ir para áreas fundamentais e estratégicas está sendo destinado para o pagamento de juros para bancos e rentistas. Os servidores já perceberam isso, e por isso lembraram, em suas falas, o escândalo da política de juros encampada por Campos Neto, à frente do Banco Central.

A mobilização, que teve a cobertura da TV Comunitária de Brasília e pode ser conferida na íntegra pelo link ao fim da página, contou com dezenas de entidades, entre elas:

CUT/DF, SINAL, FENASPS, FASUBRA, ANDES, SINDSEP-GO, CONDSEF, Sindsaúde-GO, Sint-IFESGO, CTB, CNTSS/CUT, SINDSEP-MG, PROIFES, SINDSEP-DF, FASUBRA, Sindprev-DF, ASCEMA Nacional, ASIBAMA-DF, SINDSEP-DF, ASNAB.

Assista à cobertura na íntegra, realizada pela TV Comunitária de Brasília