Nota da Auditoria Cidadã sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco

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A morte da vereadora Marielle Franco nos mostra o lado mais perverso da ausência do Estado: a sua incapacidade de assegurar vida digna, segurança, educação a todos e todas.

O Estado aparece presente, na realidade, de forma militarizada para abafar a desobediência civil, reprimir manifestações, e manter o povo longe do poder.

A vereadora do Rio de Janeiro foi executada, no meio da rua, de uma cidade sob intervenção militar. Mulher forte, inteligente, batalhadora, que conseguiu driblar as dificuldades sociais e econômicas, levando a voz dos movimentos sociais, trabalhadores e moradores das favelas para a política. Junto com ela, estava o motorista Anderson Pedro Gomes, pai de família e trabalhador, também executado na noite desta quarta-feira (14).
Que essas mortes não sejam em vão.

Esse esfacelamento das estruturas públicas vem ocorrendo de forma cada vez mais acelerada, pois não é de hoje que o corte em investimentos e programas sociais servem de justificativa para alimentar um sistema de desvios de recursos públicos para o pagamento da chamada dívida pública, gerada de forma obscura e nunca auditada.

Os estados brasileiros vêm sofrendo danos financeiros que travam investimentos em políticas públicas de qualidade, como segurança. A dívida dos entes federados com a União, tem sido um problema para as finanças estaduais.

Documento elaborado pela Auditoria Cidadã da Dívida mostra como o “Plano de Recuperação Fiscal”, imposto pela União ao estado do Rio de Janeiro, perpetua a submissão ao ilegal e ilegítimo Sistema da Dívida e amarra o estado a uma situação de falência institucional.

Confira documento da Auditoria Cidadã:  NOTA TÉCNICA DA AUDITORIA CIDADÃ DA DÍVIDA Nº 1/2017