Nova reforma tributária prejudica mais pobres e isenta mais ricos

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O sistema tributário brasileiro apresenta uma clara disparidade quando se trata de quem paga mais impostos. A classe trabalhadora, que já enfrenta desafios diários para sobreviver, acaba arcando com uma carga tributária desproporcionalmente pesada em comparação com os mais ricos. Isso se deve a uma série de fatores que tornam essa discrepância evidente.
Em primeiro lugar, os trabalhadores são duplamente afetados pelos impostos. Por um lado, há os impostos que incidem diretamente sobre seus salários, reduzindo ainda mais sua renda disponível. Por outro lado, há os impostos indiretos, que estão embutidos nos preços de todos os produtos e serviços que consomem. Estes últimos, em particular, representam uma parcela significativa da arrecadação do país, totalizando impressionantes 45,33% do total.
O problema central está na natureza injusta dos tributos que recaem sobre o consumo. Independentemente de alguém ser rico ou pobre, eles pagam a mesma quantia em impostos ao comprar um item básico, como um pacote de macarrão. Isso significa que uma pessoa de baixa renda, que já luta para atender às necessidades básicas, acaba dedicando uma proporção muito maior de sua renda em impostos do que alguém com maior poder aquisitivo.
A atual “reforma” em discussão no Congresso Nacional concentra mudanças nos tributos que incidem sobre o consumo, tornando esse cenário ainda mais preocupante. Isso acontece porque esses tributos não levam em consideração a capacidade contributiva do consumidor, o que é profundamente injusto.
Enquanto isso, as grandes fortunas e os lucros distribuídos aos sócios de empresas permanecem em grande parte isentos de tributação, em contraste com muitos países desenvolvidos . É crucial repensar e reformar esse sistema para garantir uma equidade fiscal.
A ACD preparou um folheto sobre o assunto, que está disponível aqui.
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