População reage a desmatamento da Caatinga para instalação de complexo solar na Bahia
Após a Justiça determinar a suspensão temporária da licença de instalação do Complexo Solar Santa Eugênia, a empresa Statkraft anunciou a retomada do desmatamento no último dia 06/01. Essa decisão gerou revolta na população local, que organizou um ato de protesto contra o empreendimento. O complexo, localizado na última reserva de caatinga nativa da região, ameaça comunidades tradicionais, fauna, flora e patrimônio arqueológico, segundo apontou o Ministério Público da Bahia.
A suspensão foi determinada após o licenciamento ambiental ter sido alvo de críticas por omissões e irregularidades, como a ausência do Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA).
Com o complexo, a área impactada abrangerá 1.724 hectares, onde o desmatamento ameaça comprometer a sobrevivência das comunidades locais e o equilíbrio ecológico.
Entre os impactos, está a ameaça à biodiversidade local, que inclui 120 espécies de aves, 60 espécies de mamíferos, 55 espécies de répteis; Destas, conforme dados do próprio Inema, 64 espécies dependem exclusivamente desse habitat para sobreviver. Ou seja, vão morrer se o empreendimento for adiante.
A manifestação contou com a presença de Marcos Roberto Borges, Engenheiro Eletricista de Irecê e apoiador da Auditoria Cidadã da Dívida (ACD), que representou a Campanha Nacional por Direitos Sociais no evento.
A Campanha Nacional por Direitos Sociais reafirma a necessidade de defender os direitos socioambientais, exigindo responsabilidade das autoridades e respeito às comunidades e ao meio ambiente.
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