Por que 0,50% de redução na taxa de juros não significa melhores horizontes ao Brasil?
Ontem (02/08), o Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central (BC) iniciou finalmente a redução da taxa de juros no Brasil, cortando em 0,50% a taxa básica de juros (SELIC). Tal redução já devia vir ocorrendo há vários meses, haja vista que os argumentos usados pelo presidente do BC não se sustentavam e não tinham embasamento econômico e científico algum.
A velha desculpa de “combate à inflação” não cola há muito tempo, visto que o IPCA acumula apenas 3,16% nos últimos 12 meses, percentual este que se encontra totalmente dentro da meta de inflação. Além disso, os fatores que causavam a alta de preços nos anos anteriores não tinham relação com um suposto excesso de demanda (que deveria ser supostamente combatida por juros altos), mas por preços administrados pelo próprio governo (como energia e combustíveis) e preços de alimentos, devido ao modelo agrícola voltado para a exportação.
Ao analisarmos o histórico de altas da taxa de juros, podemos concluir que a redução foi muito modesta diante da imensa necessidade do país na geração de emprego e renda. Quando o BC resolveu subir a SELIC, na maioria das vezes subiu acima de 0,75%, chegando até a 1,50%! Por que agora para reduzir optou por apenas 0,50% (https://bit.ly/3OeTZh4)?
A definição das taxas de juros é uma das mais graves ilegitimidades da dívida pública federal, que deveria ser auditada com participação da sociedade, que paga esta conta e tem o direito de saber o porquê de taxas de juros tão altas e inexplicáveis.
“DÍVIDA PÚBLICA”? AUDITORIA JÁ! COM PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE!