Projeção de inflação do Banco Central é tão absurda que confunde até mesmo os rentistas

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Neste trecho da nossa live semanal, o economista da Auditoria Cidadã da Dívida (ACD), Rodrigo Ávila traduz o argumento usado pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para manter a taxa de juros SELIC no elevadíssimo patamar de 13,75% ao ano. Utilizando termos do mercado financeiro, o famoso “economês”, Campos Neto se restringiu a dizer que manteve o percentual da taxa de juros devido a “expectativas de inflação desancoradas”, que segundo avaliação de Rodrigo Ávila é o mesmo que dizer: os rentistas esperam alta da inflação no futuro.

Para o economista da ACD, tal argumento não se sustenta, haja vista que segundo matéria do jornal Valor Econômico, o mercado financeiro (grande beneficiário dos juros altos) ainda procurava entender as projeções de inflação do COPOM, ou seja, são tão absurdas as justificativas do BC que nem mesmo os próprios rentistas que sempre defendem o aumento de juros para combater a inflação estão embarcando na estratégia de Roberto Campos Neto.

Juros altos atualmente no Brasil para controlar inflação é uma grande falácia, pois o IPCA acumulado nos últimos 12 meses, terminados em maio de 2023 foi de 3,94%, valor totalmente dentro da meta de inflação para 2023, que por sinal é baixíssima, sendo de 1,75% a 4,75%, ainda assim o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, não quer reduzir a escandalosa taxa de juros SELIC. Confira: