Sobra dinheiro para juros, mas falta para o reajuste ao servidor público

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O maior gasto público federal é com a chamada dívida pública, que até hoje não foi auditada, como ordena a nossa Constituição. É a dívida a maior responsável por alimentar mecanismos financeiros que transferem dinheiro público para bancos e grandes rentistas, causando o desequilíbrio que vemos hoje, onde é aplicado “teto de gastos “para investimentos em áreas como Saúde, Ciência e Educação, mas não há limite para o pagamento de juros e encargos dessa dívida que não sabemos exatamente nem quanto e a quem estamos pagando!

Porém, para o Ministro da Economia, Paulo Guedes, a culpa do rombo nas contas públicas é do servidor, há vários anos sem reajuste salarial, reposição inflacionária e atacado por propostas de completo desmonte do Estado, como a PEC 32 e sua “contrarreforma administrativa”, que não mexe nos altos salários de juízes, militares e parlamentares, atacando apenas a base do funcionalismo público, que teve papel fundamental no combate à pandemia e na prestação de serviços à sociedade.

Enquanto isso, para a alegria dos rentistas, os juros seguem subindo sob o falso argumento de controle da inflação – que fechou o ano de 2021 em 10,06%, seu maior índice em seis anos. Banqueiros seguem lucrando enquanto o serviço público vai sendo sucateado como estratégia midiática para que a população apoie privatizações que, além de não garantirem melhoria dos serviços, visam somente o lucro da iniciativa privada e não possuem nenhum compromisso com a população. É preciso abrir os olhos, dar um basta nesse ciclo e virar este jogo!

Leia o folheto da ACD “Por que sobra dinheiro para juros e falta para o reajuste de servidores público” para saber mais.