Campos Neto diz que o privilégio da remuneração aos bancos (depósito voluntário remunerado = Bolsa-Banqueiro) vai avançar

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O Senador Rogério Carvalho (PT-SE), autor do PL 3.877/2020 que instituiu mais um mecanismo que viabiliza a Bolsa-Banqueiro (Depósito Voluntário Remunerado) questionou o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, durante audiência na CAE/Senado, que esse instrumento alcança atualmente “apenas cerca de R$ 80 bilhões”, enquanto as operações compromissadas (outro mecanismo da Bolsa-Banqueiro) atingem quase R$ 1,3 trilhão. Cobrou de Campos Neto o envio de projeto de lei que permitiria ao BC fazer a substituição das chamadas “operações compromissadas” pelos depósitos voluntários remunerados. Segundo ele, tal iniciativa permitiria a redução da dívida bruta brasileira!

A coordenadora nacional da ACD, Maria Lucia Fattorelli, explica porque ele diz isso: “a obrigação de remunerar bancos prevista no projeto de autoria do senador Rogério Carvalho, que foi aprovado (Lei 14.185/2021), não usa títulos da dívida pública para garantir essa remuneração parasita aos bancos, como ocorre com as compromissadas. Essa substituição não reduziria juros, como ele diz, é justamente o contrário! Além de não existir limite para a remuneração dos depósitos voluntários, é óbvio que enquanto os bancos contarem com remuneração garantida pelo Banco Central, os juros de mercado não cairão”.

Confira.