Juros, petróleo e a estratégia internacional de frear o Brasil

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Em sua apresentação na Audiência Pública sobre a política de juros no Brasil, o diretor Administrativo-Financeiro da Associação dos Engenheiros da Petrobras, Fernando Siqueira, contextualizou o que chamou de “a relação entre os juros, o petróleo e a estratégia internacional de frear o Brasil”.

Segundo ele, na década de 80 países desenvolvidos temiam o surgimento de um novo Japão (que se desenvolveu muito após a Segunda Guerra Mundial), que ameaçasse os países hegemônicos. Na mira estavam nações como Brasil, China e Índia.

Siqueira relembrou o surgimento das bases do Neoliberalismo com a criação da Organização Mundial do Comércio, que tinha como diretrizes a desregulamentação, a proteção às patentes, privatização e, notavelmente danosa, “impedir que países potencialmente hegemônicos se desenvolvam e coalizões hostis”.

À época, o Consenso de Washington pressionou a América Latina e outras regiões em desenvolvimento a adotarem as diretrizes. Alguns dos resultados foram os juros altos nos países em desenvolvimento, enquanto as potencias praticamente baixaram a zero. Outra conseqüência foi, já no governo FHC, a adoção de políticas neoliberais como a emenda constitucional que tirou da Petrobras a condição de operadora única do Monopólio Estatal do Petróleo, que era da União, através de emenda constitucional.

Siqueira continuou a apresentação mostrando o impacto do PPI (Preço de Paridade de Importação ) implantado na Petrobras a partir do governo Temer, ressaltando o aumento brutal do lucro da empresa em decorrência da aplicação desse preço fictício que, consequentemente, tem sido um dos principais fatores responsáveis pela produção de inflação no Brasil.

A apresentação completa pode ser conferida no vídeo que está disponível em nosso canal.