Novo corte de recursos na Saúde e Educação para o pagamento de juros!

Compartilhe:

Na live da Auditoria Cidadã da Dívida (ACD) desta segunda-feira, tivemos a presença da professora Rivânia Moura (presidenta do Andes-SN) e do professor Isaac Roitman (ex-reitor da Universidade de Brasília) para debater os sucessivos cortes no setor da Educação. Coincidentemente, no mesmo dia, o Ministério da Economia anunciou mais um corte no Orçamento, de R$ 6,73 bilhões nas pastas da Saúde e Educação.

A CNN Brasil noticiou o corte e mostrou que o bloqueio se deve ao “teto de gastos” porém, cabe ressaltarmos que este “teto”, criado pela Emenda Constitucional 95/2016, só vale para as áreas sociais, enquanto os gastos com juros e amortizações da dívida pública federal não tem limite algum. Portanto, este “teto de gastos” não passa de mais um componente do Sistema da Dívida, para transferir riqueza dos trabalhadores para grandes bancos e investidores.

A notícia também diz que os maiores gastos do orçamento federal seriam os das áreas de Educação e Saúde, porém, a coordenadora nacional da ACD, Maria Lucia Fattorelli, mostrou que o governo mente para a população, pois quem recebe o maior volume de recursos é a chamada dívida pública. “Esse sacrifício de recursos decorre do aumento dos juros pelo Banco Central (BC). Cada 1% que o BC sobe da Selic representa um gasto anual de 34,9 bilhões de juros a mais! De onde vem esse dinheiro? Para pagar juros não falta dinheiro”, disse Fattorelli, reforçando a importância de enfrentarmos o Sistema da Dívida e de lutarmos pelo limite dos juros no Brasil.

Confira.