Professora e historiadora portuguesa mostra as implicações sociais do pagamento da dívida pública portuguesa

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Durante o segundo dia de atividades do Seminário Internacional 2017, a historiadora, investigadora e professora universitária, Raquel Varela, relatou como o pagamento da dívida em Portugal, tem implicações sociais sérias. Como exemplo citou à exaustão dos trabalhdores da saúde. “A dívida transforma as pessoas em meros sobreviventes, esquecendo-se das funções normais do ser humano”, resslatou.

Varela também denunciou que a Dívida “Pública” não tem nada de “pública”, pois não nasce para servir ao Estado, mas para remunerar/salvar os bancos, e para garantir a taxa de lucro do capital. Apesar da justificativa para o crescimento da dívida sempre ser um suposto exagero de gastos sociais, na realidade, os trabalhadores portugueses entregam muito mais ao estado (em uma estrutura tributária injusta) do que recebem de volta. Desta forma, é necessário romper com esta política de endividamento, suspendendo o pagamento, sendo importante também a apropriação pelos trabalhadores do sistema financeiro, para evitar a fuga de capitais.

Ela contrapõe os argumento usados pelos defensores do desmonte da Previdência Social, de que as pessoas estão envelhecendo, e que isto ameaçaria o pagamento das aposentadorias. Mas na verdade, hoje um trabalhador produz com muito mais produtividade, ou seja, a sustentabilidade previdenciária é uma questão política.