“Sem eletricidade barata e abundante, não tem indústria. Sem indústria, não tem emprego.”
Diante do risco de privatização da Eletrobras, Clarice Ferraz, representante do Instituto Ilumina, mostrou grande preocupação com a continuidade de prestação do serviço público básico à população de ter acesso à energia elétrica, em audiência pública realizada pela Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados Federais, nesta terça-feira (17). Segundo Clarice, há uma forçada de maior participação do gás natural na nossa matriz energética de modo arbitrário, com decisão do governo, e isto vem encarecendo a nossa energia.
“Se a gente quer combater pobreza, miséria e desigualdade, temos que gerar renda. Essa privatização está destruindo os postos de trabalho no setor das energias renováveis. A previsão do setor eólico é que entre 2027 e 2030 ninguém mais bote o pé em uma torre eólica nesse país porque não vai caber, porque só entra gás, com preço dolarizado e com preço de paridade de importação em um setor que não tem infraestrutura para tal”, afirma.
Ela ainda cita a subavaliação no valor de venda da Estatal e a entrega de questões de segurança nacional que não podem pertencer a nenhum agente privado, como definido em nossa Constituição, além de rejeitar a inserção do que vem sendo chamado de “cláusula antiLula, um dispositivo que dificulta uma futura reestatização da empresa estabelecendo valores até 200% maiores do que a mais alta cotação no valor das ações.
“Se gerirem muito mal a empresa e houver efetivamente uma explosão tarifária, não houver investimentos e a Eletrobras ficar fragilizada por essa série de problemas que apontamos aqui, as pessoas por trás desse negócio ainda serão beneficiadas, premiadas pela união e pelo povo brasileiro, caso seja necessário recomprar as ações? Isso é uma cláusula antiBrasil, uma cláusula de picaretagem”.
Confira.