Encontro sobre Dívida Ecológica define ações para o futuro
O primeiro Encontro Mineiro sobre a Dívida Ecológica reuniu nesta quinta-feira (19), em Belo Horizonte, especialistas e pessoas interessadas no tema com a proposta de ampliar o conceito de “Dívida Ecológica”, trazê-lo mais próximo da realidade, analisando também aqueles que dependem e os que são afetados pelos impactos e desastres ambientais.
Ao longo da reunião, foram elaboradas propostas que o grupo irá construir e desenvolver coletivamente nos próximos meses.
São elas:
1. Elaboração de documento global com o resumo das deliberações do evento a ser distribuído à população por meio de mídias sociais, site e mensagens e via petição aos governos das três esferas;
2. Organizar seminários sobre dívida ecológica ligada à dívida pública;
3. Tributar faturamento do agronegócio;
4. Produzir arquivos dos casos emblemáticos de desastres ecológicos para divulgação;
5. Listar os devedores ecológicos;
6. Propor PEC para inclusão dos “direitos da Mãe Terra” na Constituição Federal, considerando os elementos da natureza como sujeitos de direito a serem ressarcidos localmente;
7. Modernizar as leis ambientais e fiscalizar o cumprimento pelo poder judiciário;
8. Investir em educação ambiental e conscientização da população e poderes públicos para o “biocentrismo” (o ambiente como centro e não o ser humano);
9. Reparação aos povos originários, quilombolas, camponeses afetados;
10. Entendimento de que a dívida pública nunca auditada também induz à dívida ecológica;
11. Desenvolver a vedação e condenação das atividades dos devedores;
12. Produzir estudos e propostas a fim de empoderar a população a ter resiliência para evitar a perda da identidade cultural, perda de controle e de terrorismo;
13. Desenvolver uma métrica orgânica de um sistema vivo;
14. Divulgar experiências vitoriosas no enfrentamento a casos de depredação ambiental.
Com isso, pretende-se tratar o tema da dívida ecológica de forma integral, considerando-se o conjunto de condicionantes que o compõe e tentando difundir informação e agregar novos agentes a essa luta.
Leia também entrevista da coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lucia Fattorelli, para a Revista Ecológico.