Extra Classe: Eleições e a exploração predatória do agronegócio e da mineração

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“Finalizando a série iniciada com o artigo Eleições e modelo econômico, nos quais abordamos os principais eixos que sustentam o modelo econômico produtor de escassez para a maioria do povo e concentrador da renda e a riqueza nas mãos de uma minoria privilegiada, neste artigo vamos tratar do 4º eixo: exploração predatória da mineração e do grande agronegócio voltado para exportação – o agrobusiness.

O atraso socioeconômico do Brasil se deve, em grande parte, à exacerbação das atividades primárias da mineração e do agrobusiness, exercidas de forma predatória em relação ao meio ambiente e voltadas exclusivamente para a exportação de commodities.

Enquanto a indústria brasileira encolhe, agravando-se o processo de desindustrialização, principalmente em decorrência dos juros abusivos praticados no país, as atividades primárias da mineração e do agrobusiness se expandem em escala geométrica, garantindo lucros extraordinários para as grandes corporações transnacionais que atuam nesses ramos.

Apesar da grande capacidade industrial já instalada e das potencialidades para avançar, o Brasil está se tornando um país primarizado e atrasado, porque os juros altos impedem a expansão industrial e seduzem muitos industriais a optarem pelo rentismo.

Os setores primarizados da mineração e do grande agronegócio pouco contribuem para o financiamento do Estado, uma vez que praticamente não pagam tributos, pois a exportação de commodities é isenta, e, adicionalmente, recebem inúmeros incentivos fiscais, tributários e creditícios; exploram a classe trabalhadora, geram poucos empregos e de baixa qualidade, mal remunerados e com elevadíssimo grau de exploração que em casos extremos chega a ser análoga a trabalho escravo!

Por outro lado, geram imensa devastação ambiental e ecológica, avançando sobre o cerrado, matas, rios e florestas; consumindo grandes volumes de água bruta, contaminando águas e solos, ameaçando povos originários, deixando o dano ambiental por onde passam.

Além disso, os imensos lucros auferidos com a atividade de exportação de produtos primários podem permanecer no exterior, de acordo com os interesses das corporações exportadoras, e, assim, sequer trazem divisas para o país.”

Acesse o Extra Classe e leia na íntegra o artigo de Maria Lucia Fattorelli