É impossível ter “sustentabilidade” de dívida gerada por mecanismos parasitas e juros abusivos

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O mercado financeiro entendeu direitinho o recado de Lula, quando afirmou que “Um governo tem que ser cobrado todo santo dia (…) Cobrem, cobrem e cobrem para que a gente faça, faça e faça”.

Ontem tivemos novo chilique do mercado, com alta do dólar e queda na bolsa, embora em seu discurso de posse o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, assumiu o compromisso de enviar ainda no primeiro semestre uma nova regra fiscal para substituir o teto de gastos, a fim de financiar os programas prioritários do governo e, ao mesmo tempo, garantir a “sustentabilidade da dívida”.

Nós, movimentos sociais, temos que fazer a nossa parte e cobrar, cobrar, cobrar, como disse o presidente Lula, pois sabemos que a “sustentabilidade da dívida” é impossível de ser alcançada se forem mantidos os juros abusivos pagos no Brasil e os demais mecanismos financeiros parasitas, que geram dívida sem contrapartida alguma, como a remuneração diária paga aos bancos sobre o dinheiro da sociedade, que sequer pertence a eles!

Qualquer regra fiscal que limite gastos sociais será ineficaz para a “sustentabilidade da dívida”, pois a dívida não cresce por conta desses gastos, mas sim devido aos juros altos e demais mecanismos do Sistema da Dívida, que devem ser enfrentados mediante urgente auditoria com participação social, como fez o Equador, com sucesso impressionante! No Brasil a dívida tem retirado recursos de áreas sociais, como já provamos em procedimentos de Auditoria Cidadã.

Haddad falou ainda que não fará nenhuma aventura. Ora, ninguém deseja aventuras, desejamos apenas que ele faça o que países avançados fazem: limitar os juros e utilizar a dívida pública para financiar o desenvolvimento socioeconômico, e não para transferir dinheiro para bancos, que no Brasil batem os maiores recordes de lucros enquanto a população fica abandonada.

Seguiremos cobrando! #AuditoriaJá