Indígenas vivem calamidade com queimadas e podem ficar sem alimentos

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Segundo a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) no Instagram, no dia 16 de setembro, o presidente Lula (PT) esteve com especialistas e ministros, inclusive Marina Silva, do Meio Ambiente, para tratar sobre a situação das queimadas em todo o país. A ideia é promover um novo encontro entre os Poderes para fazer um diagnóstico da situação e compartilhar responsabilidades.

Conforme relato de Jorge Dantas, porta-voz do Greenpeace Brasil, há uma espécie de consenso de que as ações feitas até agora pelos governos são insuficientes. Ele falou sobre o assunto durante o jornal Central do Brasil.

“A gente está vivendo uma situação atípica e inédita pela maior seca dos últimos 50 anos. É uma situação que a gente não está preparado para enfrentar. A gente tem responsabilidades federais, mas também estaduais e municipais. E claramente as estratégias, as ferramentas que a gente tem hoje não estão funcionando. O que o governo precisa fazer é repensar a sua estratégia de combate à queimada”, defende o especialista.

“No Brasil, a gente não tem uma brigada aérea. Temos alguns aviões alugados e adaptados para enfrentar o fogo, mas talvez tenha chegado a hora de, aqui no nosso país, a gente estruturar e viabilizar de fato uma frota aérea que consiga combater incêndios com rapidez, com eficiência e celeridade, porque as táticas que a gente usa hoje não estão dando conta da complexidade, da gravidade e da urgência do problema que a gente está enfrentando enquanto coletividade.”

O problema é ainda mais grave quando se trata de áreas dos povos originários. Conforme denúncias de órgãos ambientais, uma série de incêndios já devastou o equivalente a 2.800 campos de futebol em terras indígenas do Pará. A origem do fogo é criminosa, aponta o porta-voz da ONG, que visitou uma área no Mato Grosso.

Essa luta integra a Campanha Nacional por Direitos Sociais. Conheça e participe! Acesse aqui.

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