México dá exemplo ao Brasil: reestatização de empresas estratégicas é um caminho para o desenvolvimento

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Depois de 11 anos de políticas neoliberais que colocaram setores essenciais sob controle privado, o México deu um passo decisivo ao reestatizar empresas estratégicas como a Petróleos Mexicanos (Pemex) e a Comissão Federal de Eletricidade (CFE). Essa mudança, que teve início no governo de Andrés Manuel López Obrador (AMLO) e foi concluída pela atual presidente Claudia Sheinbaum, devolve ao povo mexicano o controle sobre recursos fundamentais para a soberania nacional.
A decisão do México mostra que as privatizações, vendidas como solução para o desenvolvimento, muitas vezes servem apenas para atender a interesses privados e externos, deixando a população com os prejuízos. No Brasil, a adoção de políticas semelhantes, como privatizações no setor elétrico e na exploração de recursos naturais (sempre sob a justificativa de pagar a chamada “dívida pública), já foi amplamente denunciada por organizações como a Campanha Nacional por Direitos Sociais e a Auditoria Cidadã da Dívida, evidenciando os impactos negativos para o país.
Reestatizar empresas estratégicas não é retrocesso; é uma medida de soberania. O México recuperou não apenas o controle sobre o setor energético, mas também assegurou exclusividade sobre o lítio, um recurso essencial para o futuro tecnológico. É um exemplo de que priorizar o bem-estar da população acima dos lucros privados pode ser uma escolha política que traz resultados.
O Brasil, ao invés de seguir aprofundando políticas privatistas que não entregam os benefícios prometidos, deveria olhar para o exemplo mexicano. Está na hora de repensarmos nosso modelo de gestão, priorizando o interesse público e resgatando a soberania sobre setores estratégicos.
A soberania e o desenvolvimento são construídos com políticas que colocam o povo em primeiro lugar. Vamos seguir cobrando por isso!

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