O Agro não é tech, não é pop e muito menos tudo

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Hoje estamos divulgando novamente o artigo do professor Marco Antonio Mitidiero Jr., que desenvolveu o Estudo “O agro não é tech, não é pop e muito menos tudo”, em parceria com a pesquisadora Yamila Goldfarb. O trabalho denuncia que o “agro” usa diversas estratégias para construir o consenso de que seria o setor mais importante da economia brasileira.

Não por acaso, recentemente foi divulgado por alguns veículos de imprensa aliados do “agro” um outro estudo afirmando que o “agronegócio” teria sido responsável pelo pagamento de R$ 931 bilhões em tributos em 2024, o que equivaleria a 24,5% de todos os tributos pagos no país.

Porém, conforme alertam Mitidiero e Goldfarb, o “agro” (setor primário da economia) costuma incluir dentro de si atividades do setor secundário (industrias) e terciário (serviços), e não foi surpreendente que o próprio estudo citado pelos defensores do “agro” tenha reconhecido que mais de 80% destes R$ 931 bilhões não veio do setor primário. O estudo ainda reconheceu também que “Isso é esperado, dado que a produção primária goza de regimes tributários diferenciados e incentivos, como alíquotas reduzidas ou isenções de ICMS em operações internas e desoneração de exportações”. Porém, este trecho não foi divulgado nos materiais jornalísticos aliados ao “agro”.

Confira o estudo de Mitidiero e Goldfarb aqui.