Até a grande imprensa admite que o juro alto está fazendo a economia afundar

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Depois de a Auditoria Cidadã da Dívida denunciar por vários anos que a política de juros altos praticada pelo Banco Central está suicidando o país, agora o jornal “O Estado de São Paulo” publica o Editorial “A Derrapagem da Economia”, mostrando que os juros altos fizeram a atividade econômica (medida pelo Banco Central) cair 0,05% em outubro, na comparação com setembro. O jornal diz ainda que a industria se encontra em um nível inferior ao vigente antes da pandemia. Não é de se espantar que o PIB brasileiro ainda se encontre em um nível próximo ao de 2014, ou seja, foram 8 anos sem crescimento da renda – o que matematicamente significa queda na renda percapita – e pior: sem melhoria na distribuição desta renda.

O jornal tenta de alguma forma justificar a estagnação econômica, dizendo que ela seria “o preço dos juros altos”, dando a entender que tais taxas de juros seriam necessárias para controlar a inflação. Porém, como temos visto nos últimos anos, a inflação no Brasil decorre principalmente de preços administrados pelo próprio governo (energia, combustíveis etc.) e preços de alimentos, que não caem com a alta de juros.

Na realidade, a alta taxa de juros brasileira (a maior taxa básica real do mundo) tem servido para retirar riqueza da classe trabalhadora e entregar para os beneficiários da dívida pública, endividamento este que tem crescido principalmente por causa destas questionáveis taxas, que deveriam se auditadas pela sociedade, que paga a conta da dívida pública e da estagnação econômica, com desemprego, queda na renda, pobreza e fome.

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