Mais uma alta da Selic para extorquir o povo brasileiro
A manchete do UOL não dá margem para interpretações ao associar o aumento da taxa Selic aos prejuízos que esta política causa a população: “Carros e casa mais caros: Copom eleva taxa de juros a 13,25%”. Mas não é só isso, tudo que depende de financiamento fica mais caro, para pessoas e para empresas, que não conseguem viabilizar seus negócios, quebram, geram desemprego, aumentando o ciclo de penúria da sociedade brasileira.
O que aconteceu:
A Diretoria do Banco Central, reunida no Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), decidiu nesta quarta-feira (29) aumentar a Selic, taxa básica de juros da economia brasileira, em 1 ponto percentual, para 13,25% ao ano. É a segunda alta consecutiva dessa magnitude.
A decisão unânime dos nove membros do Copom já era esperada pelo mercado financeiro, uma vez que, em dezembro, o comitê avisou que poderia realizar mais duas elevações de 1 p.p. nas reuniões de janeiro e março, chegando a 14,25% ao ano no final do primeiro trimestre de 2025, para tentar domar a inflação.
Como a decisão foi unânime, vale destacar que os indicados pelo governo Lula também votaram a favor de mais um golpe nas finanças públicas e na população brasileira.
Basta!
De acordo com o próprio Banco Central, conforme dados apurados pela ACD, a cada 1% de aumento na Selic, o gasto com a dívida pública cresce R$ 55 bilhões (Fonte: Banco Central – Dezembro/2024).
A coordenadora nacional da ACD, Maria Lucia Fattorelli, comenta que a população precisa entender como esse mecanismo funciona para cobrar a mudança da política monetária, que obriga o povo brasileiro a pagar as maiores taxas de juros do mundo. Por isso, foi desenvolvido o novo curso da ACD (saiba mais aqui).
“A população precisa entender que esta política de juros que sustenta o sistema da dívida pública brasileira está no centro de todos os problemas do povo, por isso precisamos de uma mobilização nacional para exigir mudanças na política econômica, urgente”, diz Fattorelli.