Habitação, geração de empregos e economia: saiba quais são os setores mais afetados pela cobrança de juros extorsivos

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As políticas econômicas não podem ser resumidas a números: cada cifra tem efeitos na vida real da população. No Brasil, a política de juros impede que o país cresça e afeta diretamente a saúde financeira das famílias. Por isso, a Auditoria Cidadã da Dívida (ACD) reuniu na lista abaixo os três setores mais comprometidos pelas taxas extorsivas cobradas pelos bancos brasileiros.

Habitação: O acesso à moradia é um realização distante para quem vive no Brasil. O direito à habitação, em condições justas e dignas, é resumido pela expressão: “sonho da casa própria”. A aquisição de um lar é um objetivo quase irreal para grande parcela da população por conta das formas de financiamento.

Seguras de que terão um retorno vantajoso do Estado brasileiro, as instituições financeiras particulares não apresentam condições viáveis para as famílias. Pelo contrário, as elevadíssimas taxas dos bancos agravam a situação do endividamento. O pior é que é o Banco Central que possibilita que essa situação seja mantida.

Geração de empregos: Outro desafio para o país é a criação de empregos. A crise econômica de longa duração com que o Brasil convive tornou desalentador o cenário do mercado de trabalho, principalmente para os mais jovens. A causa disso é também a taxa de juros de mercado.

A maior parte dos postos criados vem das pequenas e médias empresas. No entanto, são os empresários com negócios desse porte os que mais fecham as portas por conta dos financiamentos nos bancos. Em vez de criarem as circunstâncias para que a iniciativa privada prospere, as instituições financeiras impõem taxas impraticáveis e contribuem para demissões.

Economia: Se forem observados a partir de certa distância, os índices econômicos brasileiros dão sinais de que os juros extorsivos também impedem o crescimento do país. O governo Bolsonaro trabalha com níveis de investimento público irrisórios. Com isso, o número de obras paradas pelo Brasil é muito grande.

Em contrapartida, os bancos mantêm percentuais de lucro indecentes. Isso confirma que as políticas econômicas não priorizam a prosperidade das famílias ou dos pequenos e médios empresários: a finalidade do Estado tem sido oferecer as melhores condições às instituições financeiras, a despeito da desigualdade que assola o país.

Para mudar essa situação, a ACD promove a campanha #ÉHoradeViraroJogo para mobilizar a população e exigir a redução das taxas de juros de mercado. Propostas em tramitação no Congresso, como o PL 3877/2020, podem agravar a crise. Acompanhe as nossas redes sociais e participe das ações da sociedade civil para criar uma conjuntura mais favorável para que o Brasil prospere!